Passageiro de ônibus baleado na cabeça durante arrastão a ônibus está em estado grave

O passageiro de 37 anos que foi baleado durante um arrastão a um ônibus, em Curitiba, está em estado grave. Ele foi atingido na cabeça e corre risco de vida, conforme a Secretaria de Saúde.

O caso aconteceu na noite de quinta-feira (8), no Tatuquara.

De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), o arrastão foi por volta das 20h30.

O ônibus da linha Rurbana saiu do terminal Pinheirinho, onde trio de assaltantes embarcou. O coletivo estava cheio, com aproximadamente 50 passageiros, segundo o Sindimoc.

Três homens armados entraram no ônibus e roubaram objetos pessoais e dinheiro dos passageiros. De acordo com a Guarda Municipal, a vítima reagiu e acabou sendo baleada.

O motorista do ônibus levou o homem ferido na cabeça e os outros passageiros para a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) do Tatuquara. Uma mulher grávida passou mal e também foi atendida na Upa.

Depois, o homem precisou ser encaminhado ao Hospital do Trabalhador, devido à gravidade do ferimento. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Os ladrões fugiram. Até a manhã desta sexta (9), ninguém havia sido preso.

O que a Setransp diz

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) se manifestou sobre o assunto nesta manhã. Veja a íntegra da nota abaixo:

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) lamenta mais um episódio de violência no sistema de transporte coletivo e se solidariza com todas as vítimas - sobremaneira com o passageiro baleado na cabeça - desse episódio brutal ocorrido nesta quinta-feira (8).

Cientes do problema da violência urbana e preocupadas com a segurança de seus colaboradores e passageiros, as operadoras vêm buscando há tempos, em conjunto com os órgãos gestores do transporte e da segurança, todas as iniciativas de combate aos crimes dentro dos ônibus, o que resultou na formação do Comitê de Segurança no Transporte Coletivo, do qual participam ativamente. Dele já resultaram testes com câmeras dentro dos veículos, estudos sobre a possibilidade de o botão do pânico estar ligado à central dos órgãos de segurança e uma aproximação maior com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, levando a menos assaltos.

No entanto, casos como o ocorrido na noite de ontem mostram que ainda há muito trabalho a ser feito nessa área, e as empresas de ônibus vão continuar apresentando sugestões de melhoria e cobrando as autoridades para que garantam a segurança de seus colaboradores e passageiros.


Número de arrastões

Em 2018, o Sindimoc já contabilizou seis arrastões – três foram em fevereiro.
fonte G