Manifestantes encerram bloqueios na PR-170 e na PR-459, na região central do Paraná



Depois de uma semana, o protesto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento de Posseiros (MP) e dos quilombolas em duas rodovias da região central do Paraná - PR-170 e PR-459 - terminou na noite de quarta-feira (13).


O grupo reivindicava as terras para as famílias dos assentados em Pinhão e em Guarapuava, na região central do Paraná. Em Pinhão, essas áreas são de conflito entre posseiros e a empresa Madeireira Zattar, que conseguiu na Justiça a reintegração de posse.


Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a liberação das rodovias ocorreu com a promessa da criação de um grupo, na terça-feira (19), para solucionar problemas envolvendo as áreas da Zattar em Pinhão.


Além do Incra, esse grupo deve ter a participação do Ministério Público (MP), de secretarias estaduais, da assessoria de Assuntos Fundiários e dos movimentos sociais.


Os bloqueios começaram na manhã do dia 6 de dezembro, no quilômetro 395 da PR-170, entre Guarapuava e Pinhão, com o MST e o MP. No dia seguinte, também pela manhã, os quilombolas interditaram o quilômetro 38 da PR-459, que liga Pinhão a Reserva do Iguaçu.


Do dia 7 de dezembro até quarta-feira, os manifestantes decidiram pelo sistema pare e siga, liberando a rodovia a cada uma hora. Por causa da manifestação, Pinhão chegou a ficar sem combustível. Nos mercados, também houve falta de leite e de frutas.