Vereador acredita em boato, ameaça prender Pabllo Vittar e gera revolta

Um vereador de Ponta Grossa, no Paraná, lamentou a contratação da artista Pabllo Vittar para uma festa de música e chope escuro da cidade. Ezequiel Bueno (PRB-PR) usou a tribuna da Casa para criticar que o município — segundo ele, "uma cidade família e conservadora" — recebesse "esse tipo de show". O representante recorreu a uma notícia falsa para embasar sua indignação com a presença da drag queen no Munchen Fest 2017, que ocorrerá entre 5 e 10 de dezembro.

A manifestação, considerada intolerante, gerou revolta nas redes. Ezequiel Bueno, que é pastor, citou um boato que correu a internet de que o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Pabllo Vittar fariam uma turnê pelas escolas brasileiras para ensinar crianças sobre diversidade sexual. O deputado desmentiu a informação em 24 de setembro. O vereador chegou a dizer que prenderia a drag queen caso ela transcendesse o show e fosse "às ruas e às escolas".

"Queria lamentar por trazer essa pessoa aqui em Ponta Grossa, trazer essa pessoa em uma cidade de família, em uma cidade na qual brigamos para tirar a ideologia de gênero das escolas, em uma cidade na qual somos conservadores. Quem quiser assistir, se não for com meu dinheiro, sem problema nenhum, pode ir. Mas só lá (no festival) também, porque, se inventar de sair para a rua e para as escolas, eu vou lá e vou prender, nem que depois eu seja preso por abuso de autoridade", frisou o vereador aos pares na segunda-feira.
O pastor ainda ironizou o argumento de que seria "só um show". "Abriu a porta, entrou, aí é complicado", destacou o pastor. Ezequiel Bueno anunciou que vai cobrar da Prefeitura e da Fundação Municipal de Turismo o detalhamento dos recursos usados na Munchen Fest. Em nota, a organização explicou que não há investimento público direto na festa. Em 2014, o evento foi terceirizado. Cabe à Prefeitura prover o desfile dos blocos, o concurso de rainha e o apoio ao operacional, como reforço da segurança e trânsito, segundo a organização, que repudiu "atos que escondem a verdade" e "qualquer atitude que incite o preconceito e a homofobia

"Queria lamentar por trazer essa pessoa aqui em Ponta Grossa, trazer essa pessoa em uma cidade de família, em uma cidade na qual brigamos para tirar a ideologia de gênero das escolas, em uma cidade na qual somos conservadores. Quem quiser assistir, se não for com meu dinheiro, sem problema nenhum, pode ir. Mas só lá (no festival) também, porque, se inventar de sair para a rua e para as escolas, eu vou lá e vou prender, nem que depois eu seja preso por abuso de autoridade", frisou o vereador aos pares na segunda-feira.
O pastor ainda ironizou o argumento de que seria "só um show". "Abriu a porta, entrou, aí é complicado", destacou o pastor. Ezequiel Bueno anunciou que vai cobrar da Prefeitura e da Fundação Municipal de Turismo o detalhamento dos recursos usados na Munchen Fest. Em nota, a organização explicou que não há investimento público direto na festa. Em 2014, o evento foi terceirizado. Cabe à Prefeitura prover o desfile dos blocos, o concurso de rainha e o apoio ao operacional, como reforço da segurança e trânsito, segundo a organização, que repudiu "atos que escondem a verdade" e "qualquer atitude que incite o preconceito e a homofobia



fonte G1