ALUNO PINTA O CABELO E ACABA EXPULSO DA SALA DE AULA NO PARANÁ.

CASO ACONTECEU EM TELÊMACO BORBA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS.
Com cabelo platinado, estudante é proibido de ficar em sala de aula no Paraná

Garoto 14 anos de Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais do Paraná, foi proibido de ficar em sala de aula por causa da cor do cabelo. A proibição foi feita pela direção do Colégio Estadual Padre José Anchieta, que voltou atrás da decisão depois que a família procurou a Justiça.
"Vi um jogador do Santos, o Lucas Lima, achei bonito e pintei", conta o aluno Lucas Mateus Mustefaga. Ele tingiu o cabelo castanho de loiro.
Na escola, o adolescente diz que os amigos gostaram da mudança, mas que os professores e a diretora não tiveram a mesma reação.
"Ela falou que não tinha gostado, que tinha ficado feio, que tinha ficado uma porcaria, que eu parecia um marginal", relata.
Na semana passada, o aluno foi expulso da sala de aula e passou dois dias na biblioteca. O pai dele, Antônio Marcos Mustefaga, procurou a diretora do colégio para cobrar uma explicação e não gostou do que ouviu.
"A diretora falou para mim que, quem olhasse de fora, diria que ele estava metido com coisa errada. Eu acho que cor do cabelo não vai dizer o caráter dele", explica.
O caso foi no colégio em que Lucas estuda há três anos. Na escola, ninguém quis dar entrevista.
O Núcleo Regional de Educação (NRE) afirma que o colégio segue um regimento interno, aprovado pelos pais, e que ele proíbe o uso de piercing, tatuagem, boné e também que o aluno frequente a escola se tiver com um corte de cabelo ou coloração extravagante.
Ainda assim, de acordo com NRE, a escola terá que rever alguns critérios. A coordenadora Noemi Guedin de Almeida explica, por exemplo, que o aluno não poderia ter sido impedido de assistir às aulas.
"A escola não pode, de forma alguma, ferir o direito do aluno. Como foi uma decisão do coletivo da escola, a gente vai orientar que eles refaçam a assembleia, que conversem novamente com toda a comunidade escolar e que revejam esse item", garante. Reportagem do Site G1.