RAFAEL GRECA ESTÁ “FAMINTO’ PARA ASSUMIR A PREFEITURA DE CURITIBA



“Eu cheguei à terra prometida”. Com essa frase, o prefeito eleito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), definiu a vitória. Aos 60 anos, o economista e engenheiro civil recém-aposentado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) volta à prefeitura depois de 20 anos.
Ele ocupou o cargo entre 1993 e 1996. “Faminto” por reassumir a cadeira de chefe do Executivo municipal, não quer esperar janeiro de 2017 chegar para começar a trabalhar. “O pior já passou, vou com alegria servir Curitiba e já quero começar nesta segunda-feira. Vou visitar a sua excelência, Gustavo Fruet, e pedir que ele me deixe usar o Ippuc para trabalhar. Se ele não permitir, eu vou trabalhar do meu escritório.

Vou resgatar o serviço público de qualidade da nossa capital”, declarou, em entrevista no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Ele chegou ao local por volta das 18h30, junto com o vice Eduardo
Pimentel (PSDB) e a esposa Margarita. Greca foi recebido por cabos eleitorais e apoiadores que cantavam as músicas da campanha, o hino da cidade e gritavam seu nome. Em sua primeira entrevista como prefeito eleito, Greca afirmou que os buracos nas ruas da cidade, invasões e problemas com enchentes
vão ser tratados com atenção por sua gestão.
O novo prefeito, que contou com apoio do governador Beto Richa e de vários partidos, disse ainda que vai trabalhar em sua administração com os técnicos da prefeitura e que conta com o apoio dos jovens em sua gestão. “Quero que os jovens sejam os protagonistas da nossa gestão. Cada secretário experiente terá um jovem ao seu lado”. Greca já foi vereador, deputado estadual e deputado federal. Nas últimas
eleições municipais, em 2012, ele chegou a disputar a eleição, mas ficou em quarto lugar.
Vitória em nove das dez regiões Rafael Greca (PMN) venceu em nove das dez zonas eleitorais. No primeiro turno, Greca liderou em todas. No segundo turno, Greca obteve resultados expressivos no Centro e Norte, mas o Sul foi a pedra no sapato. O único “tropeço” foi na 175ª zona eleitoral (Campo de Santana,
Capão Raso, Caximba, Cidade Industrial de Curitiba, São Miguel, Tatuquara), onde Leprevost teve 51,61%. Na 145ª zona (Pinheirinho, Xaxim, Umbará e Sítio Cercado), Greca venceu apertado: 50,76%. Na 1ª zona
eleitoral (Abranches, Ahú, Alto da Glória, Barreirinha, Boa Vista, Bom Retiro, Cachoeira, Centro Cívico, Pilarzinho, São Francisco, São Lourenço, Taboão e Vista Alegre), Greca levou 58,17% dos votos. Na 177ª zona (Água Verde, Batel, Bigorrilho, Campina do Siqueira, Mossunguê, Orleans, Rebouças, Santo Inácio, São Braz, Seminário), 57,39%. Recebeu 56,71% na 2ª zona (Alto da Rua XV, Atuba, Bacacheri, Bairro Alto, Cabral, Hugo Lange, Jardim Social, Juvevê, Santa Cândida, Tingui) e 55,37% na 178ª (Botiatuvinha, Cascatinha, Centro, Lamenha Pequena, Mercês, Santa Felicidade, São João). (Fernanda Trisotto)
Agora é só cumprir as promessas!
Quando muitos já o davam como morto politicamente após quatro derrotas seguidas nas urnas,
Rafael Greca se aproveitou do momento do país em que a classe política está mergulhada em completo descrédito. Para isso, vendeu aos eleitores o mote da “volta para o futuro”, a um “tempo em que a cidade funcionava” e era reconhecida e copiada nacional e internacionalmente. Deu certo.
Excêntrico para alguns e um grande estudioso e conhecedor da cidadfamine para outros, Greca terá de vencer a desconfiança sobre se conseguirá tirar do papel todas as promessas eleitorais diante da crise econômica que o país enfrenta. Também terá de se mostrar capaz de resgatar a Curitiba modelo que ajudou a
construir 20 anos atrás. De certo, pode-se esperar o sempre falastrão Rafael Greca para o bem e para o mal – nos próximos quatro anos. No primeiro Turno da campanha, por exemplo, quase pôs tudo a perder
ao dizer, em uma sabatina na PUCPR, que vomitou ao transportar um pobre dentro do carro. Desculpou-se e disse ter sido mal interpretado. (Euclides Lucas Garcia)
 Fonte:ParanáOnline