Embora diga que a morte de Gilmar Winkert, de 37 anos, aconteceu por causa de um desentendimento depois de uma relação sexual, Felipe dos Passos Soares, de 24, é suspeito de latrocínio (roubo seguido de morte). O rapaz foi preso nesta quinta-feira (28), por policiais do serviço reservado da Polícia Militar (PM), no bairro Costeira, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), mesma região onde o crime aconteceu.
Segundo o delegado Michel Carvalho, Felipe confessou o assassinato. "Mas disse que tentou confundir a polícia, para que as investigações levassem a um latrocínio e que ninguém tivesse suspeita sobre ele".
Apesar do que disse o rapaz ao delegado, as informações não convenceram os policiais. "Da casa de Gilson, foram roubadas duas TVs, um notebook e o celular da vítima. Além disso, o carro também foi retirado do local, e estava a alguns metros da casa", explicou Michel Carvalho
Encontro marcado
Segundo o depoimento de Felipe, ele e Gilson começaram a conversar pelo WhatsApp. Depois de alguns dias, um encontro foi marcado e, na casa da vítima, os dois tiveram relação sexual. "Depois do sexo, ele disse que houve uma discussão. Felipe acabou matando Gilmar e, para tentar disfarçar o crime, subtraiu alguns objetos".
Depois de matar Gilmar e modificar o local retirando até o carro da vítima da residência, Felipe foi embora e ainda teria se encontrado com uma namorada. "Ele contou que chegaram a ir ao motel", disse o delegado. A polícia suspeita de que ele já teria vendido os pertences de Gilmar.
Felipe, que já tem passagem criminal por receptação de veículos, foi detido na rua, durante uma abordagem dos policiais militares. "Ele já estava com as malas prontas, de viagem marcada para Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Provavelmente iria para o Paraguai". O rapaz vai responder por latrocínio.
O crime
Vizinhos e amigos disseram à polícia que a vítima se tratava de uma pessoa querida na região. O assassinato aconteceu no dia 13 de julho e foi descoberto um dia depois. Gilmar foi encontrado morto nu dentro do banheiro de casa, na Rua Fernando de Noronha, vítima de facadas.
Gilmar era funcionário da Volvo e a suspeita de que ele poderia ter sido morto foi levantada por alguns amigos, que desconfiaram pois ele não apareceu para trabalhar. Ao chegarem, perceberam que o carro não estava na garagem, mas sim mal estacionado, a cerca de duas quadras do local do crime. A porta da residência estava aberta e tinha manchas de sangue.
Fonte:ParanáOnline