A partir de junho, conta da luz fica mais cara em Guarapuava



O guarapuavano vai desembolsar mais dinheiro no final do mês para pagar a conta da luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)  aprovou o índice de Reajuste Tarifário Anual da Energisa em Guarapuava, que valerá a partir de 29 de junho de 2015. O efeito médio a ser percebido pelo consumidor será de 16,54%. A tarifa para o consumidor residencial terá reajuste de, em média, 14,75%. Já os clientes de alta e média tensão, como indústrias, terão um aumento médio de 19,02%. O Reajuste Tarifário Anual é um processo regulado pela Aneel, incluído no contrato de concessão da empresa.
De acordo com a Energisa, o reajuste irá atualizar parte dos custos da empresa que não foram contemplados na Revisão Tarifária Extraordinária (RTE), aplicada, em caráter de urgência, no início de março por todas as empresas de distribuição de energia do país, entre elas a Energisa em Guarapuava. A RTE teve como objetivo reposicionar dois itens: a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE e os custos com compra de energia no mercado.
Segundo a concessionária de energia elétrica, os itens que mais impactaram o Reajuste Tarifário da Energisa em Guarapuava foram os custos dos encargos setoriais – despesas das tarifas para custeio de programas e contas do governo para desenvolvimento do setor elétrico - que responderam, neste reajuste, por 5,25% do efeito total. Dentre os encargos há amplo destaque ao valor relativo à Conta de Desenvolvimento Energético-CDE (5,35%).
Outro fator de participação relevante na composição do reajuste é aquele ligado aos custos da compra de energia (6,02%). O valor da energia elétrica está mais caro no mercado. Isso porque, por conta da crise hídrica, o ONS – Operador Nacional do Sistema aumentou o despacho de usinas térmicas no país, que possuem um custo de produção mais elevado que as outras fontes de energia. Este fator tem deixado as contas de luz mais caras em todas as regiões do Brasil.
A prestação do serviço de distribuição de energia elétrica pela Energisa na cidade representou apenas 0,46% do reajuste tarifário. No período, a variação do IGP-M foi de 4,11% e do IPCA de 8,47%.
A tarifa final do consumidor da Energisa no município contém 46,84% de encargos e impostos.
A parte que cabe à distribuidora de energia representa apenas 11,56% da composição da tarifa. É por meio dessa parcela que a Energisa distribui energia a todos os clientes, paga funcionários, fornecedores e prestadores de serviço, mantém e amplia a rede e os sistemas elétricos, além de investir na modernização e melhoria crescente da qualidade dos serviços prestados. 


Fonte:Redesul